APOSENTADORIA: DESEJO, VOOS E MISSÃO

Valdeci dos Santos

Doutorado em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN); Cursos Livres em Psicanálise Clínica e Hipnose Clínica pela Sociedade de Estudos Psicanalíticos e Hipnose Aplicada (SEPHIA); Curso Livre em Biomagnetismo (ministrado pelo médico e padre Elias Arroyo Román); Curso Livre em Renascimento pelo Instituto de Renascimento de São Paulo; Estudos em Parapsicologia e Religião pelo Instituto Padre Quevedo de Parapsicologia.

O encontro do sujeito com seus limites implica o fortalecimento de seu vigor enquanto indivíduo, pois somente aí ele depara com seu estilo e faz dele uma linha de força; um olhar, logo uma forma de ser, está implicado neste encontro e nesta busca. O limite, neste caso, não é uma limitação, mas um ponto de partida, a partir do qual o sujeito, advertido de seu destino, vivencia uma abertura nova para a experiência do mundo.

(Guilherme Castelo Branco)

 I - Aposentadoria

Hoje, 28 de março de 2018, recebi com ALEGRIA, a mensagem da Gerência de Aposentadoria da Universidade do Estado da Bahia – UNEB, notificando a publicação da minha aposentadoria. Estou aposentada, na condição de professora. Indescritível emoção inundou meu Ser.

Gravei, imediatamente, um áudio para agradecer os encaminhamentos e acolhimentos durante a tramitação do processo. Expressei minha GRATIDÃO e falei da existência de alegrias e dores vivenciadas ao longo da jornada unebiana.

Sim, senti/vivenciei dores. Decidi escrever o texto APOSENTADORIA: DESEJO, VOOS E MISSÃO. Mas, não falaria das dores.

Iniciei a escrita. Senti fortes dores no estômago. Comecei a vomitar abundantemente.

Tomei um longo banho de chuveiro. Relaxada, parei diante do espelho. Visualizei a mulher de 56 anos que a criança que habita em mim se tornou. Reconheci traços daquela menina que um dia SONHOU EM SER PROFESSORA.

Foto 1 – Valdeci dos Santos (56 anos) - Feira de Santana – Bahia (Brasil), 22 de dezembro de 2017 

Fonte: Acervo Pessoal de Valdeci dos Santos

Foto 2 – Valdeci dos Santos (6 anos) - Jardim de Infância (1968) - Colégio Estadual Coriolano Carvalho - Feira de Santana – Bahia (Brasil), 1968

Fonte: Acervo Pessoal de Valdeci dos Santos

FELIZ, revisitei o seu olhar cheio de ternura e marcante timidez. E, disse-lhe:

Você é singularmente importante para minha caminha existencial. Cresci. Sou uma mulher de 56 anos que traduz tua ternura em ações cotidianas, especialmente, no campo profissional. Lembra-se quando você brincava de “ser professora”? Pois é, vivenciei inúmeras dificuldades, mas tornei-me professora. Nosso desejo/sonho foi realizado. Hoje, despeço-me da Educação, aposentada na condição de professora e, vejo, o quanto você é marcante na minha jornada existencial. AMO você, Valdeci. Beijo de luz em seu coração.

GRATIDÃO, em especial...

A DEUS por, através da FÉ, inundar meu Ser, aninhando-se em meu corpo/mente/espírito, propiciando-me Saúdes (Física, Espiritual, Intelectual, Familiar, Social, Profissional e Financeira), Serenidade, Sabedoria e Ânimos para os enfrentamentos que dizem da minha singularidade no movimento do Existir.

À minha FAMÍLIA por ser o oceano basilar de experiências formativas iniciais e continuadas, sobretudo, aos meus pais, Lourival Pereira dos Santos (Seu Fulô) (In memoriam) e Maria Sebastiana dos Santos (Dona. Nita), por terem construído um Núcleo Familiar ancorado no Princípio de Autonomia, tornando-nos dependentes de múltiplas possibilidades para um trânsito significativo no Existir.

Aos(as) Amigos(as) pelo sentido intersubjetivo das experiências, aprendizados e ressignificações que os ENCONTROS mobilizam através das aventuras objetivo-subjetivas, na tessitura da trama subjetiva chamada AMIZADE.

Aos pacientes psiquiátricos do Hospital Especializado Lopes Rodrigues (Feira de Santana – Bahia, Brasil) -, locus do Estágio de Enfermagem Neuropsiquiátrica (ago./1979), no processo de formação no curso de Auxiliar de Enfermagem, que contribuíram com suas psicopatologias, para despertar o meu olhar sobre o psiquismo humano e sua singularidade nas tessituras das histórias de vida.

Aos Pacientes de que cuidei nos anos em que estive trabalhando (1981-1986) como Auxiliar de Enfermagem. O aprendizado sobre/com a morte instaurou a necessidade de pensar a morte no processo de formação científica, conduzindo-me à área do conhecimento da Tanatologia.

Aos/Às meus/minhas alunos(as) da Educação Básica - Ensino Fundamental (1ª à 8ª série), 2º Grau/Ensino Médio e Educação Infantil (Pré-Escola) - e da Educação Superior por terem contribuído com minha caminhada epistemológica, relativa às experiências formativas pessoal-acadêmico-profissionais sinalizando limites e possibilidades.

Aos/Às Conselheiros(as) Científicos(as) do periódico científico Revista Metáfora Educacional (ISSN 1809-2705) – versão on-line, pela singularidade de sujeitos objetivo-subjetivos no movimento de partilha epistemológica.

Aos/Às Funcionários(as) do Campus II (Alagoinhas) da Universidade do Estado da Bahia - UNEB pelo locus de AMIZADE expresso através diálogos mesclados de sorrisos e acolhimentos fraterno-profissional.

Aos/Às Professores do Departamento de Educação e do Departamento de Ciências Exatas e da Terra do Campus II (Alagoinhas) da Universidade do Estado da Bahia - UNEB, pelos aprendizados objetivo-subjetivos.

II - DESEJO

O que é desejo?

O desejo, segundo Guimarães (2007), é o instrumento humano que efetivamente produz efeitos no real da vida. Em sua força operativa, rompe a tendência à inércia frente aos desencantos, reverte a passividade queixosa em posição ativa de construção daquilo que se deseja.

Pois ele não se detém quando todas as saídas parecem obscurecidas. O desejo não morre quando o sujeito se engana supondo que não há mais razões para viver. Apenas adormece no embalo dos sonhos nirvânicos, ilusões que alimentam um amortecimento da força do desejo, como se ele fosse estruturalmente insatisfeito ou impossível. Mas, se ainda há vida, se ainda há alguma coisa, não faz o sujeito desistir frente à dor dos limites do real, o desejo ali permanece subliminar em sua estrutura, bastando tão-somente que o sujeito decida buscar os meios para resgatar a sua força (GUIMARÃES, 2007).

Em que momento desejei ser professora? Quando iniciei minha Educação Formal em 1968. Meu primeiro dia na escola foi tenso e com muito choro. Senti medo daquele ambiente estranho e, em especial, da Diretora do Colégio Estadual Coriolano Carvalho, a professora X, que tinha sido professora dos meus pais e os havia ofertado alguns traumas pedagógicos. Aquela profissional atuara nas décadas de 40 e 50 em classes multisseriadas, seus alunos eram submetidos à pedagogia da palmatória acompanhada da tríade de exclusão: preconceito, estereótipo e estigma.

Descendentes de famílias de analfabetos, meus pais conscientes da importância da escola cultivaram, firmes, o entusiasmo de realizarem seu projeto mais ambicioso – a educação dos filhos: todos os filhos(as) teriam diploma. Sendo a primogênita, competia-me iniciar o acesso àquele locus de mobilidade cognitiva e social.

Construí uma imagem negativa do ser professora, tendo uma única referência, a professora X. Quando a vi, no primeiro dia de aula, carregando na mão direita uma palmatória, imediatamente, agarrei-me a minha mãe. Minha mãe pediu-me que parasse de chorar. Hoje, penso que aquele cenário foi terrível para ela, acredito que tenha sofrido com a possibilidade da reedição do seu circuito escolar em meu processo de aprendizagem. Naquele ambiente angustiante, surgiu, saindo de uma sala de aula, uma mulher jovem, com o sorriso meigo e acolhedor. Encaminhou-se em nossa direção e, estendendo as mãos para mim, disse para minha mãe “[...] Sou a professora da sua filha. Pode ir tranquila que eu cuido dela”, e garantiu-me: “[...] Não tenha medo. Você vai aprender muitas novidades”. Senti confiança e, desvencilhando-me da roupa da minha mãe, estendi minha mão, que foi acolhida por minha professora.

Dia marcante na minha história profissional e de sujeito desejante! Estava diante de uma professora completamente diferente daquela dos meus pais. Era elegante na maneira de falar e de acolher o aluno. A impressão era que me encontrava num ambiente mágico, um misto do desconhecido e dos cenários imaginários das estórias que meu pai costumava contar à noite, antes de colocar-nos para rezar. Desejei, ali, ser professora. E, mais, ser uma professora como aquela professora - a minha primeira professora, Prof.ª Zilair Almeida Gomes.

III – FERNÃO CAPELO GAIVOTA

Conclui o 2º grau em 1979, com formação em Auxiliar de Enfermagem. Ingressei, em 1980, no mundo do trabalho, tendo como primeiro emprego, a função de balconista numa loja de confecções.

 Sentia-me fixada ao rito e rituais do ser balconista e acima de tudo esmagada pela estrutura social que gritava sobre a importância de ter um emprego e um salário para gerenciar as demandas cotidianas.

 Desejos/buscas/procuras pareciam distantes.

 Um dia, aparentemente qualquer, em 1981, uma colega de trabalho, também balconista, chegou com o livro FERNÃO CAPELO GAIVOTA, contando que ele tratava da estória de uma gaivota. Fiquei interessada, pedindo-o emprestado. Leitura realizada em dois dias.

O livro “Fernão Capelo Gaivota”, de Richard Bach, aborda sobre a ilimitada capacidade do sujeito. O leitor é capturado pela trama poético-psicológica da estória da gaivota chamada Fernão Capelo, cuja inquietação é voar além dos ritos de sobrevivência do seu bando. O processo de construção/(des)construção/(re)construção da sua jornada pessoal rumo ao exercício/vivência da liberdade, da bondade e do amor, contempla exclusão do bando, as incertezas da jornada solitária, o encontro com um mestre instrutor, experiências e aprendizados que o implicaram com sua missão de formador: através, do exercício do amor, comprometer-se com o processo formativo dos membros da sua espécie, inclusive, dos que o baniram do grupo. É metáfora nuclear da obra: “Vê mais longe a gaivota que voa mais alto”. A obra mobiliza ao leitor a revisitar sua história pessoal, sobretudo, as crenças limitantes e o desafio de realizar voos e sobrevoos de ilimitadas possibilidades.

Fui inundada com a ideia de LIBERDADE, BONDADE e AMOR. Como voar? Como construir a liberdade?

[...] Há uma história sobre uma rã que vivia numa lagoa. Como nunca tinha ido a qualquer outro lugar, a rã pensava que sua lagoa fosse o mundo inteiro. Então, um dia, uma tartaruga chegou à lagoa e disse à rã que viera do oceano. Mas a rã nunca tinha ouvido falar de um oceano e quis saber se era como sua lagoa. ‘Não’, disse a tartaruga a rã. ‘É muito maior’. ‘Três vezes maior?’ perguntou a rã. A tartaruga continuou tentando explicar a rã o tamanho do oceano, mas esta não queria ouvir. Por fim, a rã desmaiou: era apavorante até mesmo tentar pensar em um lugar assim.

(Tarthang Tulku)


O existir ofereceu-me uma cena (acidente num ônibus lotado ao ir para casa almoçar), na qual pude tomar a decisão de assumir meu movimento de construção/(des)construção/(re)construção na caminhada existencial. Decidi ali, encerrar minha condição de balconista. Em casa, arrumei-me e fui à Santa Casa de Misericórdia de Feira de Santana - Hospital Dom Pedro de Alcântara, oferecer-me para fazer um teste com conhecimentos profissionais para Auxiliar de Enfermagem, pleiteando um emprego. Fui informada que a Instituição não tinha demanda para admissão de tal profissional. Insisti no meu desejo. A enfermeira chefe, então, decidiu submeter-me à avaliação escrita e entrevista. Fui aprovada. Devendo iniciar no dia seguinte.

A enfermeira fez significativas observações sobre meu potencial profissional e decidiu levar-me à presença do diretor administrativo. Decidiram contratar-me por três meses para estágio experimental (11/março a 31 de maio de 1981). Sai dali indescritivelmente FELIZ/LIVRE, dirigindo-me à loja de confecções pedindo exoneração/demissão da função de balconista (2/maio/1980 a 10/mar./1981).

Atuei na área da Saúde, como Auxiliar de Enfermagem, na Santa Casa de Misericórdia de Feira de Santana – Hospital Dom Pedro de Alcântara, no período de 11 de março de 1981 [1 de junho de 1981] a 18 de maio de 1984. E, no Hospital Regional Clériston Andrade, na cidade de Feira de Santana, no período de 7 de março de 1984 a 1 de outubro de 1986.

IV - CORAGEM DE ASSUMIR A MINHA ESCOLHA PROFISSIONAL

No período de 1980 a 1984, submeti-me a seis exames vestibulares, para cursos como Economia, Administração, Contabilidade e Medicina, sendo sucessivamente reprovada. Minha procura/busca para acessar a Educação Superior foi acompanhada pela dedicação do meu pai Lourival Pereira dos Santos que, diariamente, ia aos hospitais no final do expediente, levar lanche e conduzir-me para minicursos na Biblioteca Municipal Arnold Silva ou para Escola Técnica Áureo de Oliveira Filho, onde cursei incompleto, Técnico em Edificações (1983 e 1984).

Em 1985, inscrevi-me para meu sétimo exame vestibular, na Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), no Estado da Bahia, para o curso de Licenciatura Plena em Ciências com Habilitação em Biologia, no qual fui aprovada.

Ingressar na Educação Superior, em 1985.1, após sete submissões cognitivas em exames vestibulares, deu motivo a uma emoção singular e significativa. Providências foram tomadas para reorganizar minha condição de profissional da saúde, especialmente, os horários de trabalho. Passei a trabalhar à noite e, nos fins de semana, era escalada, simultaneamente, para os turnos matutino e vespertino.

A dinâmica da minha condição de estudante e trabalhadora apresentava-me uma questão primordial: optar entre a estabilidade do emprego público e o processo formativo para ser professora, professora-bióloga. Três contextos corroboraram, significativamente, para que me descomprometesse, em 01 de outubro de 1986, do vínculo empregatício com o Hospital Regional Clériston Andrade. O primeiro contexto, relacionado às demandas objetivo-subjetivas da morte de uma companheira de profissão, cercada de descuido. O segundo, a fecundidade de leituras oriundas da minha primeira participação em um congresso – XVII Congresso Nacional dos Auxiliares e Técnicos em Enfermagem. O terceiro, a coragem de assumir que a minha escolha profissional era de outra ordem: desejava, sim, ser professora, professora-bióloga.

Licenciei-me em Ciências com Habilitação Plena em Biologia, em 27 de dezembro de 1990, numa turma composta por duas pessoas (Eu e Vanilda) da turma original de cinquenta alunos. Nomeei-a de Charles Darwin, escolhendo o Callithrix sp (sagui) e o Syagrus coronata (ouricuri) como símbolos biológicos.

V - VOOS, SOBREVOOS E MERGULHOS ABISSAIS INTERSUBJETIVOS

No movimento de construção/(des)construção/(re)construção da teia epistêmica pessoal-acadêmico-profissionais, como professora-bióloga, construí interfaces com as áreas do conhecimento da Biologia, da Tanatologia e da Educação.

A força do olhar implícito no movimento de construção/(des)construção/(re)construção fundante das ressignificações da minha caminhada profissional na Educação, relativas à tessitura da minha identidade profissional, como professora-bióloga, é isomorfa à força do desejo de ser professora, mobilizando-me à voos, sobrevoos e mergulhos abissais intersubjetivos relativos ao contexto educacional chamado Educação Formal.

Instaurei-me como professora-bióloga, em 13 de fevereiro de 1991, ministrando a disciplina Ciências, no 1º Grau – 5ª à 8ª série (LDB 5692/71), no Centro Educacional Novis Filho, na cidade de Tanquinho – Bahia - Brasil, após aprovação no Concurso Público para Professor de 1º grau - Nível 3 do Estado da Bahia de agosto de 1989 (Diário Oficial do Estado da Bahia, de 4 de  janeiro de 1991).

Em março de 1992, somei à docência na Educação Básica, a docência na Educação Superior Submeti-me à Seleção Pública para Professor Substituto da disciplina Metodologia e Prática de Ensino de Ciências de 1º grau, da Faculdade de Formação de Professores de Alagoinhas (FFPA), unidade integrante da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), na cidade de Alagoinhas – Bahia – Brasil. Tendo sido aprovada em 1º lugar (média 9,2) (Diário Oficial do Estado da Bahia, de 27 de fevereiro de 1992).

No ano de 1994 atuei exclusivamente na Educação Básica, no turno vespertino, lecionando as disciplinas Biologia, Química e Ciências.

Em 1995, agreguei à minha experiência formativa como professora-bióloga, a docência na Educação Infantil (Pré-Escola) e no Ensino Fundamental (1ª à 4ª série) (1995-1998), ministrando a disciplina Ciências, no Centro Educacional Biosfera, na cidade de Feira de Santana – Bahia – Brasil.

No ano de 1996, reescrevi minha trajetória pessoal-acadêmico-profissional. Regressei à Educação Superior, após submeter-me, em julho de 1994, ao Concurso Público para Professor Auxiliar (Edital 004/94, Diário Oficial da Bahia, de 24 de maio de 1994) da Universidade do Estado da Bahia, para a disciplina Metodologia e Prática de Ensino de Biologia - aprovada em 2º lugar (média: 8,09, Diário Oficial do Estado da Bahia, de 9 de agosto de 1994). Atuando na Faculdade de Formação de Professores de Alagoinhas (Campus II/UNEB), desde fevereiro de 1996 (Portaria 0262/96 - Diário Oficial do Estado da Bahia de 6 de fevereiro de 1996).

Novos olhares, novas experiências, novas buscas, contribuíram para minha atuação profissional, simultaneamente, na Educação Básica - Ensino Fundamental (1ª a 8ª série), 2º grau/Ensino Médio e Educação Infantil (Pré-Escola) - e na Educação Superior, no período de 1996 a 1998.

Solicitei, junto à Secretaria da Educação e Cultura do Estado da Bahia, exoneração voluntária (D.O.E. 01/out/1998 – Portaria n. 495 de 30/set/1998), da minha condição de professora da Educação Básica (mar./1991 a set./1998). Doravante, minha atuação profissional ficaria centrada na Educação Superior. 

Somando conceitos Biologia, Tanatologia e Educação às minhas experiências profissionais com a temática do duplo vida-morte na área da Saúde, como Auxiliar de Enfermagem, e na área da Educação, como professora-bióloga; às experiências e aprendizados nos estágios na área de Animais Peçonhentos (Laboratório de Animais Peçonhentos da Universidade Federal da Bahia - UFBA, Laboratório de Animais Peçonhentos da Universidade Estadual de Feira de Santana - UEFS e Seção de Artrópodos Peçonhentos do Instituto Butantan); às experiências e aprendizados da docência na Educação Básica - Ensino Fundamental (1ª à 8ª série), 2º Grau/Ensino Médio e Educação Infantil (Pré-Escola) - e na Educação Superior; às experiências e aprendizados com os cursos complementares e participações em eventos acadêmico-científicos nas áreas do conhecimento Ciências Humanas e Ciências Biológicas, construí os matizes epistêmicos do macroprojeto Bio-Tanato-Educação: Interfaces Formativas. 

O macroprojeto Bio-Tanato-Educação: Interfaces Formativas (em execução desde 1996) concebido como locus de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, contempla a interface cultura científica/cultura humanística. Ele foi tecido no bojo de relações intersubjetivas pessoal-acadêmico-profissionais, singularmente, marcadas por tensões e conflitos, expressando assim, o meu movimento de construção/(des)construção/(re)construção diante das insurgências, opacidades e demandas suscitadas ao longo do meu exercício profissional como professora-bióloga e da minha singularidade de sujeito objetivo-subjetivo no movimento formativo do existir bio-psico-sócio-econômico-político-culturais.

 O macroprojeto Bio-Tanato-Educação: Interfaces Formativas agrega o exercício docente, nas disciplinas e/ou componentes curriculares ministrados: Animais Peçonhentos – BI0062 (2013.1 e 2013.2), Bioética – BI0031 (2009.1), Estágio de Biologia – EDC960 (2002.1, 2002.2, 2003.1, 2003.2 e 2004.1), Estágio Supervisionado (Projeto Escola Família Agrícola - 2003.2), Estágio Supervisionado II – EDC008 (2009.2, 2012.1 e 2013.1), Metodologia do Ensino de Biologia – EDC958 (2002.1, 2003.1 e 2004.1), Metodologia e Prática de Ensino de Biologia – EDC058 (1996.1, 1996.2, 1997.1, 1997.2, 1998.1 e 1998.2), Oficina Pedagógica – EDC94P (projeto Escola Família Agrícola - 2003.2), Prática Pedagógica e Estágio Supervisionado II – ED0072 (2010.1, 2010.2, 2011.2, 2012.2 e 2013.2), Prática Pedagógica em Biologia – BI0059 (2013.1 e 2016.1), Prática Pedagógica II – ED0054 (2008.2), Prática Pedagógica IV – ED0061 (2008.2, 2010.1 e 2010.2) e, Monografia – EDC009 (2015.1, 2015.2, 2016.1 e 2017.2); a liderança do Grupo de Pesquisa Bio-Tanato-Educação: Interfaces Formativas (criado e certificado em 2009) e, onze projetos:

  1. Projeto de pesquisa “Os seres vivos no ensino fundamental” (1996-1998),
  2. Projeto de pesquisa “Memória do ensino de biologia” (1996-2017),
  3. Projeto de implantação do “Núcleo de Investigação de Prática de Ensino da Universidade do Estado da Bahia - Campus II (Alagoinhas)” (1998),
  4. Projeto de ensino e pesquisa “Etnobiologia na escola” (1995-1998),
  5. Projeto de pesquisa “O licenciado em ciências biológicas e a etnobiologia: um olhar fenomenológico” (Mestrado em Educação – 1999-2003),
  6. Projeto de pesquisa “Saúde, cultura e ciência: fronteiras e interfaces de saberes” (2000-2017),
  7. Projeto de ensino e extensão “Bate-papo pedagógico e biologia na comunidade” (2002-2017),
  8. Projeto de pesquisa “A interface ciência/subjetividade na formação do/da professor/professora de biologia: uma leitura do discurso docente sobre origem da vida e morte via os estudos culturais” (Doutorado em Educação - 2004-2008),
  9. Projeto de extensão “Criação e manutenção de ambiente virtual - site http://www.valdeci.bio.br” (em execução desde 2004),
  10. Projeto de editoria do periódico científico “Revista Metáfora Educacional (ISSN 1809-2705) – versão on-line” (2005-2017),
  11. Projeto de pesquisa “A questão ambiental em revistas de ensino de ciências” (2011-2017). 

Vale destacar que, no começo da minha instauração profissional na Educação, em 1991, contatei com uma classe de alunos (SANTOS, 2012) que contribuiu significativamente para o movimento de construção/(des)construção/(re)construção da minha caminhada rumo à construção da minha identidade profissional como professora-bióloga, contemplando a amálgama desvelo ao Outro, rigor teórico e o olhar do Outro na ação pedagógica.  

Aquele contexto pedagógico contribuiu para a elaboração do subprojeto O OLHAR DO OUTRO NA CONSTITUIÇÃO DA AUTOIMAGEM PROFISSIONAL contemplando a amálgama desvelo ao Outro, rigor teórico e o olhar do Outro na ação pedagógica. 

Apresento dados (SANTOS, 2012), coletados de 1991 a 2011, sobre pontos de vista de discentes acerca da minha atuação profissional, apresentados nas avaliações ao término de componente curricular e/ou disciplina cursada sob minha responsabilidade. Sendo evidenciadas dezoito expressões-sentidos.

EXPRESSÕES-SENTIDOS SOBRE A ATUAÇÃO PROFISSIONAL DA PROFESSORA-BIÓLOGA VALDECI DOS SANTOS

Fonte: Textos avaliativos de discentes sobre a atuação profissional da professora-bióloga Valdeci dos Santos (1991-2011) (SANTOS, 2012, p. 170).

Acervo pessoal de Valdeci dos Santos

VI - NOVOS DESEJOS PROFISSIONAIS

A dinâmica do processo de realização do desejo de ser professora mobilizou novos desejos profissionais - ser escritora e psicanalista.

Reconhecendo a importância do desejo como força mobilizadora da energia libidinal de sujeito desejante, no movimento de construção/(des)construção/(re)construção da minha história de vida fecunda em ritos e símbolos inerentes às experiências e aprendizados de sujeito objetivo-subjetivo, elaborei dois projetos profissionais relativos aos desejos de ser escritora e psicanalista. São eles: Projeto de Formação em Psicanálise Clínica (2013-atual, em curso, na Sociedade de Estudos Psicanalíticos e Hipnose Aplicada - SEPHIA) e Projeto de Produção de Filhos Epistêmicos (2012-atual, escrita e publicação de livros).

As obras do Projeto de Produção de Filhos Epistêmicos ancoram-se na ESCRITA SOBRE SI – AUTOBIOGRAFIA.

A escrita sobre si expressa a singularidade do sujeito objetivo-subjetivo diante de opacidades, de atos falhos, de lapsos de memória, de conflitos, de implicações libidinais, de preconceitos e de crenças primitivas, que constituem o sistema de referências de suas demandas conscientes e inconscientes tecidas no movimento da tríade lembrança-memória-esquecimento constitutiva da história de vida desse sujeito. Escrita objeto de estudo do método autobiográfico.

O método autobiográfico, de acordo com Santos (2006, 2008), configura-se como uma abordagem teórica que apresenta possibilidades fecundas para a pesquisa sobre o movimento do sujeito em sua trajetória pessoal-acadêmica-profissional, especialmente, por propiciar um lugar de fala e um lugar de escuta desse sujeito sobre sua singular história de vida constituída no contexto socioeconômico e cultural. É nesse movimento de descolamento da memória que o sujeito constrói uma narrativa sobre ele próprio que lhe permite, e ao pesquisador, estabelecer as interfaces sobre sua identidade diferente e singular constituída num circuito de alteridade.

No momento, entreguei à Sociedade, cinco filhos epistêmicos. São eles:

BIO-TANATO-EDUCAÇÃO: INTERFACES FORMATIVAS (ISBN 978-85-444-1088-2) – Valdeci dos Santos (Editora CRV, 2016)

 A obra BIO-TANATO-EDUCAÇÃO: INTERFACES FORMATIVAS, de autoria da Dra. Valdeci dos Santos, evidencia as linhas de pesquisa e projetos, ancorados no macroprojeto Bio-Tanato-Educação: Interfaces Formativas (1996-2018), dos quais a autora se ocupou, na Universidade do Estado da Bahia (1996-2016): projeto de pesquisa “Os seres vivos no ensino fundamental” (1996-1998), projeto de pesquisa “Memória do ensino de biologia” (em execução desde 1996), projeto de implantação do “Núcleo de Investigação de Prática de Ensino da Universidade do Estado da Bahia - Campus II (Alagoinhas)” (1998), projeto de ensino e pesquisa “Etnobiologia na escola” (1995-1998), projeto de pesquisa “O licenciado em ciências biológicas e a etnobiologia: um olhar fenomenológico” (Mestrado em Educação – 1999-2003), projeto de pesquisa “Saúde, cultura e ciência: fronteiras e interfaces de saberes” (em execução desde 2000), projeto de ensino e extensão “Bate-papo pedagógico e biologia na comunidade” (2002-2018), projeto de pesquisa “A interface ciência/subjetividade na formação do/da professor/professora de biologia: uma leitura do discurso docente sobre origem da vida e morte via os estudos culturais” (Doutorado em Educação - 2004-2008), projeto de extensão “Criação e Manutenção de Ambiente Virtual - site http://www.valdeci.bio.br” (em execução desde 2004), projeto de editoria do periódico científico “Revista Metáfora Educacional (ISSN 1809-2705) – versão on-line” (2005-2017) e o projeto de pesquisa “A questão ambiental em revistas de ensino de ciências” (2011-2018). São prefaciadoras da obra: Dra. Raylane Andreza Dias Navarro Barreto (UniT), Dra. Regla Toujaguez La Rosa Massahud (UFAL), Dra. Vera Lúcia Chalegre de Freitas (UPE), Dra. Wanderleia Azevedo Medeiros Leitão (UFPA) e Dra. Zoraya Maria de Oliveira Marques (UNEB).

ICONOGRAFIA DE TESSITURAS FORMATIVAS (ISBN 978-85-444-0390-7) – Valdeci dos Santos (Editora CRV, 2015)

A obra ICONOGRAFIA DE TESSITURAS FORMATIVAS, de autoria da Dra. Valdeci dos Santos (Universidade do Estado da Bahia), é fruto do Projeto de Pesquisa Memória do Ensino de Biologia (1996-2018), integrante do Macroprojeto Bio-Tanato-Educação: Interfaces Formativas (1996-2018). O leitor encontrará sistematizado, através de textos iconográficos (433 fotos), o movimento de construção/(des)construção/(re)construção da História de Vida pessoal-acadêmico-profissionais da autora. A iconografia reflete uma história de vida fecunda em diálogos significativos que contribuíram/contribuem para a expressão da singularidade do Ser Humano Valdeci dos Santos. Os textos iconográficos contem pistas indexais sobre tessituras formativas que dizem das sete saúdes (física, espiritual, familiar, social, intelectual, profissional e financeira) da autora. As imagens expressam mensagens explícitas e implícitas que refletem seu núcleo familiar; sua iniciação e caminhada espiritual; sua singularidade de sujeito objetivo-subjetivo no movimento de construção/(des)construção/(re)construção da identidade profissional, na docência na Educação Básica e na Educação Superior, como professora-bióloga; as tramas objetivo-subjetivas do movimento da formação inicial e continuada; a caminhada epistemológica nas áreas da Biologia, da Tanatologia e da Educação; vínculos fraternos; olhares do Outro; os Projetos do Macroprojeto Bio-Tanato-Educação: Interfaces Formativas; dentre outros. São prefaciadores(as) da obra: Prof. Esp. Antonio Geraldo da Silva Sá Barreto (UNEB), Prof.a Dra. Maria da Conceição Xavier de Almeida (UFRN), Prof. Dr. Valmir Henrique de Araújo (UESB), Prof.a Dra. Wanderleia Azevedo Medeiros Leitão (UFPA), Psicanalista Yvone Matos Cerqueira (SEPHIA).

O SILENCIOSO HOMEM DA LANÇA: O SONHO COMO PORTA-VOZ DO INCONSCIENTE (ISBN 978-85-444-0570-3) – Valdeci dos Santos (Editora CRV, 2015)

 A obra O SILENCIOSO HOMEM DA LANÇA: O SONHO COMO PORTA-VOZ DO INCONSCIENTE, de caráter autobiográfico, de autoria da Dra. Valdeci dos Santos, está vinculado ao Projeto de Pesquisa Memória do Ensino de Biologia (1996-2018), integrante do Macroprojeto Bio-Tanato-Educação: Interfaces Formativas (1996-2018). Compartilha o sonho intitulado O SILENCIOSO HOMEM DA LANÇA, porta-voz do inconsciente da autora no contexto da condição de sujeito objetivo-subjetivo diante da possibilidade de ser uma portadora de neoplasia (câncer). Familiariza o leitor com alguns conceitos e aportes teóricos com os quais dialoga sobre morte, finitude da vida, morrer, não-dito da morte, mecanismos objetivos-subjetivos fundamentados pelo não-dito da morte, duplo sentimento de estranhamento e de familiaridade sobre a morte. Chama atenção para a tese de doutorado - O DISCURSO FORMATIVO DO BIÓLOGO SOBRE A MORTE. MATIZES E METÁFORAS DO SABER QUE O SUJEITO NÃO DESEJA SABER - defendida pela autora (2008), na Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Apresenta o preâmbulo do sonho, o sonho, e a interpretação do sonho (Cenas: 1 – A biopsia, o prognóstico; 2 – A enfermeira; 3 – A solidão do processo; 4 – O cenário caótico; 5 – A FÉ; 6 – A queda na água, o nado obrigatório; 7 – A fuga, a captura, a luta, a penetração sexual). Conclui que o sonho O SILENCIOSO HOMEM DA LANÇA é a realização de um desejo: o desejo de não morrer vitimada pelo câncer. São prefaciadoras da obra: Psicanalista Yvone Matos Cerqueira (Sociedade de Estudos Psicanalíticos e Hipnose Aplicada - SEPHIA) e Dra. Zoraya Maria de Oliveira Marques (Universidade do Estado da Bahia - UNEB).

UM CASO DE ASSÉDIO MORAL NO TRABALHO: SILÊNCIOS RUIDOSOS (ISBN 978-85-444-0639-7) – Valdeci dos Santos (Editora CRV, 2015)

A obra UM CASO DE ASSÉDIO MORAL NO TRABALHO: SILÊNCIOS RUIDOSOS, de caráter autobiográfico, contextua, o processo de assédio moral vivenciado pela professora-bióloga Dra. Valdeci dos Santos, no trabalho. Estrutura-se nos seguintes tópicos: Carta ao(à) leitora(a) - localiza o contexto acadêmico-profissional, no qual emerge o Projeto de Extensão Bate-Papo Pedagógico e o processo de assédio moral; 1 – Texto assediador 1- apresenta o texto assediador 1; 2 - Convite ao diálogo – traz o convite ao diálogo e esclarecimentos sobre o Projeto de Extensão Bate-Papo Pedagógico; 3 - Texto assediador 2- apresenta o texto assediador 2; 4 – Sobre assédio moral – aborda conteúdos teóricos sobre assédio moral; 5 – A queixa de assédio moral – trata da queixa de assédio moral e encaminhamentos da plenária departamental; 6 – Silêncios ruidosos – enumera ações “silenciosas” referentes ao processo de assédio moral. São prefaciadores(as): Esp. Diogo Luiz Carneiro Rios (Advogado) - Faculdade Nobre de Feira de Santana; Dra. Raylane Andreza Dias Navarro Barreto (Cientista Social) - Universidade Tiradentes; Dra. Vera Lúcia Chalegre de Freitas (Bióloga) - Universidade de Pernambuco / Campus Garanhuns; Me. Vicente Deocleciano Moreira (Antropólogo) - Universidade Estadual de Feira de Santana.

 MEMÓRIAS DE UMA PROFESSORA-BIÓLOGA: DESEJOS, OLHARES E ESPELHOS (ISBN 978-85-914455-0-9) – Valdeci dos Santos (Edição do Autor, 2012)

A obra MEMÓRIAS DE UMA PROFESSORA-BIÓLOGA: DESEJOS, OLHARES E ESPELHOS, de autoria da Dra. Valdeci dos Santos, imortaliza cenas e cenários educacionais da sua trajetória de busca/procura pessoal-acadêmico-profissionais para constituir-me como bióloga especializada em Educação. Os leitores encontrarão no Ato 1 – DESEJOS: em que momento a menina Valdeci dos Santos desejou e definiu que seria professora; as tramas objetivo-subjetivas implicadas na caminhada epistemológica para constituir-se professora, professora-bióloga; as expectativas cognitivas da jovem Valdeci dos Santos, no curso de Licenciatura Plena em Ciências com Habilitação em Biologia. No Ato 2 – OLHARES: conhecerão a tessitura da caminhada profissional da adulta Valdeci dos Santos como professora-bióloga, no período de 1991 a 2011, na Educação Básica e, mais pontualmente, na Educação Superior, como formadora de biólogos, na Universidade do Estado da Bahia (UNEB). No Ato 3 – ESPELHOS: contatar-se-ão com as expressões-sentidos constitutivas de núcleos de significados relativos aos pontos de vista de discentes acerca da atuação profissional da professora-bióloga. São prefaciadores(as): Dr. Ubiratan D’Ambrosio (UNICAMP), Dra. Raylane Andreza Dias Navarro Barreto (UniT), Dr. Marcio D’Olne Campos (UNICAMP) e Dra. Rosely Aparecida Liguori Imbernon (USP).

VII - RECONHECIMENTO E ACEITAÇÃO DA ILIMITADA CAPACIDADE DO SUJEITO

Considerando os sentidos das significativas experiências, aprendizados e contribuições, julgo ter atuando de maneira ética e epistemologicamente implicada para a melhoria do Ser Humano e da Sociedade.

Doravante, o meu projeto de vida, assim como, a trama poético-psicológica da estória da gaivota chamada Fernão Capelo, está ancorado no reconhecimento e aceitação da ilimitada capacidade do sujeito permeado pela ideia de LIBERDADE, BONDADE e AMOR, rumo aos novos desejos profissionais - ser escritora e terapeuta, os quais, assim como, as atuações na Enfermagem e na Educação estão relacionadas à minha “missão” de auxiliar na cura das dores psíquicas, epistêmicas, físicas, emocionais e sociais minhas e do Outro.

Reconheço que o existir apresenta-nos oceanos, mares e lagoas, convidando-nos a atuarmos como rãs e/ou tartarugas. Acredito que a chave para a escolha do personagem simbólico que desejamos encenar, como sujeito objetivo-subjetivo, esteja em nossas implicações em nível psicoafetivo, histórico-existencial e estrutural-profissional com o movimento de construção/(des)construção/(re)construção da tessitura epistêmica do EXISTIR.

Desejo-lhes um movimento significativo no existir. O que significa "um movimento significativo no existir"? Significa que desejo ao Outro que reconheça os limites e possibilidades implícitos nas suas experiências e aprendizados intersubjetivos fazendo enfrentamentos que expressem sua singularidade em fecundo construir-se.

Votos de Sol (Luz), Serenidade e Sabedoria.

Beijo de Luz em vossos corações.

Valdeci dos Santos

P.S.

O LOGOTIPO DA ESCRITORA VALDECI DOS SANTOS (Elaborado pela Equipe de Design e Desenvolvimento da SUPERIX), em setembro de 2018, expressa “a concepção” da mulher em MOVIMENTO codificada na “Escritora Valdeci dos Santos”.

O logotipo

No logotipo, destaca-se primeiramente, a simetria presente na constituição do elemento, seguida do gradiente presente no logo (contendo cores primárias e secundárias, faz uma alusão às cores correspondentes aos portões de Chakra presentes no corpo humano). O elemento presente na base corresponde ao símbolo do infinito e representa o universo que cada Ser Humano é. Segue-se acima, o formato de um livro aberto, que também faz alusão à letra "V" e acima disso, tem-se um símbolo minimalista que representa a chama interior presente em cada Ser Humano. Novamente, a simetria está presente de uma maneira muito forte e a própria figura, se juntarmos todos os elementos, faz alusão á uma pessoa sentada com as pernas cruzadas e sobrepostas, apoiando cada mão em um dos joelhos, que nada menos é do que a posição chamada "Flor de Lótus", muito usada na prática da meditação.

VIII - REFERÊNCIAS

GUIMARÃES, Lêda. A força do desejo. Ago. 2007. Disponível em: <http://www.infocultural.com.br/edicoesanteriores/agosto/propaganda/propa1.htm>. Acesso em: 16 fev. 2008.

SANTOS, Valdeci dos. Memórias de uma professora-bióloga: desejos, olhares e espelhos (ISBN 978-85-914455-0-9). Feira de Santana: s.n., 2012. 217 p.; il.

______. O discurso formativo do biólogo sobre a morte. Matizes e metáforas do saber que o sujeito não deseja saber. 2008. 182 f. Tese (Doutorado em Educação) – Programa de Pós-Graduação em Educação do Centro de Ciências Sociais Aplicadas, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2008.
______. Por uma identidade profissional como professora-bióloga. In: CONGRESSO INTERNACIONAL DE PESQUISA (AUTO)BIOGRÁFICA, 2., 2006, Salvador. Anais... Salvador: Universidade do Estado da Bahia, 2006. 1 CD-ROM. 18 p

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